18/09/2024 - 00h15

 É fato que perdemos.

Deveriamos ter tido mentes que pensassem em alternativas a essa altura.
Nesse momento da história, acredito muito no que o ICL tem produzido. Não no sentido literal, mas no que pode vir a se tornar.
Enfim, política.

Mas perdemos a crítica, pois somos um povo raso.
Projeto.

Eu não tenho qualquer força pra lutar contra seja o que for.
Eu só quero um lugar melhor, baseado na verdade das coisas.
Narrativas conto eu. Deixa pras artes.
As coisas existem na materialidade.
Música parte da vibração sonora produzida por um instrumento (ou hoje reproduzida por caixas de som) captada por um mecanismo organico que chamamos popularmente de ouvido. Isso é um fato, não é? O resto é discussão, e se as pessoas já acreditam em terra plana, imagina querer trazer algo dito como subjetivo, que é a arte, pros fatos concretos?
Eu nem tenho estudo pra isso.
Só reflito. E erro.

Mas seguimos rolando a pedra.

12/09/2024 - 23h00

 Deu uma preguiça. Eu tenho dificuldades em socializar.

E rede social é socializar.
Sem isso, só tem esse blog e umas musicas perdidas no meu HD e na internet.

"Se você é tão legal, por que está sozinho essa noite?"

Mas segue o absurdo. A pedra.
E eu nem li.

Sigo tentando não me afogar.

«———«•»———»

10/09/2024 - 22h30

 Não lembro quando foi a primeira vez, mas uma música que me marcou pro resto da vida é Matador, do Xmal Deutschland. O sintetizador, a bateria. aquele começo em fade in, a melodia, a voz da Anja. Acho linda a canção. Até hoje não entendo o que ta sendo dito, é só sobre um toureador mesmo?

A experiência que eu tive com essa música talvez seja algo que eu jamais consegui replicar na vida. O que é curioso, pois nem sou tão fã de xmal assim. Não sou bem gótico. Mas veja bem...

Pra mim é bastante óbvio a separação dos múltiplos pós punks.
Fazer linha do tempo é besteira. Talking Heads?
Mas é fato que o gótico é subproduto da explosão do pós-punk. Acredito que o Pornography do Cure foi importantíssimo. Bela Lugosi's Dead, o hino gótico, é simplesmente um dub, gravado ao vivo, com um tema de vampiro porque Bela Lugosi.
E pronto.
Não digo isso com desdém, calma lá.

Mas o que me interessa de fato no pós punk, não só como gênero guarda chuva fluido, é o momento pós punk. O temporal, historiográfico. João Podre larga os Pistolas do Sexo, depois daquele triste show final dos Pistolas. Aí já tinha a semente plantada nos jovens de Manchester e região. Imagina estar 3/4 do Joy Division, Morrissey, Mick Hucknall (o Simplesmente Vermelho). Mark E Smith tava lá? Não sei. As pessoas mentem sobre esse show.

Isso não é realismo mágico? Momentos que são explosões de estrelas, expurgando seus pedaços pelo universo, como se existissem em película. Hoje em pixel. Já estive em shows com outros artistas que eu conheço. Existem pessoas legais. Existem pessoas tbm. E existem pessoas com atitudes ruins. Enfim, nem é sobre isso.

É sobre um monte de coisa.
É sobre o fim da ajuda da coroa pra uma geração de pessoas que precisavam dessa ajuda.
É sobre o fim das suas cidades natais, a tal renovação e o futuro incerto. O medo da bomba. Os escombros da Segunda Guerra eram passado de gente que viveu aquilo. Não faz muito tempo assim.

É sobre o que eu posso aprender com as situações. Com os temas. Com as falas.
O que a gente fala importa. Se conseguiu destruir a realidade com as palavras.
Mantras malditos.
Hipnose em massa.
Ninguém quer saber de política, mas a política quer saber de você.
Alguns mais, outros menos, mas
É o teu trabalho.
É o que lucram em cima de você.
E eles lucram bastante.

Não vivo na mesma realidade socio econômica dos Ingleses no final da década de 70.
Eu vivi, de fato, os anos 2000, no Brasil.
Eu já era um adolescente.
De criança são vagas lembranças.
Não vivi, mas vivi. Estou vivo ainda, né?
Estou vendo e viverei mais coisas.
Foi um 7 de Setembro triste pra quem quer igualdade e o fim do patriarcado.

A pergunta talvez fosse qual o meu papel. Mas não é sobre isso.
Não é sobre ego.
Não é sobre agradar.

É sobre que voz eu posso ser, dentro da minha individualidade, na coletividade.
Tenho meus traumas, claro.
Mas entendo a importância disso.
Vocês não?

Eu falando disso tudo,
mas meu primeiro disco como Granito Rosa
é um disco de amor.
Amador.
Neo romântico em tempos fluidos.

A gente sempre tem que acreditar que o mundo dá voltas, não posso mais parar.
E ele dará.

«———«•»———»

Nesse ponto azul

 O disco está realmente nos finalmentes.
Revisei agora, tenho alguns ajustes a serem feitos em algumas músicas e depois disso é soltar pro mundo.

É o meu trabalho mais maduro no geral.
A mix tá interessante, tem coisas que eu poderei fazer melhor no futuro, tem muita coisa que é problema de gravação e não serão consertadas na mix.
Mas mesmo assim estou bem feliz com o resultado.

É um disco consistente, tem um fio narrativo que faz sentido pra mim, gosto das guitarras, o baixo eu consegui deixar bem legal.

E daí, assim que estiver no ar, partir pra próxima etapa.

Eu tenho uma ideia já.

«———«•»———»

Granito Rosa faz música triste pra gente que quer ser feliz.
Artesanato lofi feito no Brasil.

contato@granitorosa.com.br
«———«•»———»
Granito Rosa 2023. Tecnologia do Blogger.